Eu AMO o Clube do Crime das Quintas-Feiras. Sou simplesmente apaixonada por esse grupo de velhinhos que investigam mistérios em sua casa de repouso. Vou falar um pouco mais sobre isso hoje.

Quem começou a me acompanhar pela internet deve me ligar diretamente ao terror. O que é muito compreensível, eu estudo terror e trabalho com terror. Mas uma das minhas maiores paixões são os livros de mistério. Gosto de ler mistérios para descansar a cabeça, para me divertir. Não me preocupo tanto em solucionar o crime, eu gosto mesmo é de acompanhar o trabalho do detetive, ver como ele lidou com as pistas, saber de onde ele vai tirar a solução para o que está acontecendo. 

Depois de pouco mais de um ano que eu li O Clube do Crime das Quintas-Feiras, do Richard Osman — e que eu escrevi uma resenha até um pouco dura aqui; sinceramente não me lembro que personagem foi esse que me deixou tão enfezada —, eu peguei para ler a continuação, O Homem que Morreu Duas Vezes (Editora Intrínseca, trad. Jaime Biaggio). De agosto do ano passado para cá algumas coisas mudaram. Por exemplo, dei muito mais atenção ao Sherlock Holmes e passei um tempo divertidíssimo lendo algumas aventuras do detetive. Estou até com um texto no rascunho para falar um pouco mais sobre isso. 

Enfim, então, em outra promoção da Amazon, eu comprei o ebook de O Homem que Morreu Duas Vezes, e resolvi ler essa maravilha. 

No livro, acompanhamos novamente os quatro velhinhos: Elizabeth, Joyce, Ibrahim e Ron; ainda temos os dois personagens policiais, Chris e Donna; temos Bogdan, um personagem que gosto muito do primeiro livro e que eu simplesmente amo agora no segundo; mas também tiveram algumas adições, como um ex-marido da Elizabeth, um mafioso, e dois agentes do MI6.

A história é a seguinte: o ex-marido de Elizabeth pede ajuda a ela pois se meteu em uma enrascada. Elizabeth sabe que não pode confiar no homem, mas fica curiosa com os acontecimentos que o levaram até ali — e com os acontecimentos futuros que essa encrenca pode trazer. Ao mesmo tempo, mais ou menos, Chris e Donna investigam uma perigosa comerciante de drogas da cidadezinha. E, ao mesmo tempo também, Ibrahim é atacado na rua por um grupo de jovens delinquentes. Então, são mais ou menos três linhas de ação para nosso grupo de aposentados. E todos eles acabam se conectando de alguma forma. 

Continuamos com os capítulos que acompanham um ou outro personagem, e continuamos com os diários da Joyce. Eu sinceramente tive momentos de gargalhar ao longo do livro, como também tive momentos de refletir muito sobre a vida. Curioso, né?

E, claro, muitos cadáveres, confusões, trapalhadas e até alguns tiros preencherem as páginas do segundo livro dessa série de Richard Osman.

Eu me diverti imensamente. Ao mesmo tempo que terminei de ler, também fui assistir aos últimos episódios da segunda temporada de Only Murders in the Building, que acho que é uma das minhas séries favoritas dos últimos tempos. Acho que encontrei meu jeito de relaxar: os chamados cozy mysteries. Se tiver um grupo de idosos, melhor ainda. Já estou planejando pegar todos os livros da Miss Marple para uma maratona.

O Homem que Morreu Duas Vezes foi uma leitura muito agradável, muito divertida. Me arrancou vários sorrisos, me provocou alguns pensamentos sobre a velhice. Acho até que me tornou uma pessoa melhor. O terceiro livro da série foi lançado recentemente lá fora, e se chama The Bullet That Missed. Espero que chegue logo ao Brasil, e que eu não demore outro ano inteiro para lê-lo.

Eu geralmente não ligo muito para o formato do livro. Mas gosto tanto desses que estou pensando em comprar todos na versão física. Talvez eu até faça isso em algum momento. 

O Homem que Morreu Duas Vezes pode ser comprado na Amazon*, em formato físico ou digital. 

---