HEX, de Thomas Olde Heuvelt

by - julho 12, 2018



HEX narra a história de uma cidadezinha, chamada Black Spring, no estado de Nova York, nos Estados Unidos. Escrito por Thomas Olde Heuvelt, com tradução de Fabio Fernandes, o livro possui 368 páginas e é mais um dos lançamentos super aguardados do ano pela DarkSide Books.
Apesar de não ser escrito/protagonizado por uma mulher, decidi fazer essa resenha por ser um livro que toca em assunto delicados como família, culpa e escolhas.



Alguns séculos atrás, os cidadãos do local decidiram culpar uma mulher por bruxaria. Desde então, o local que se tornou Black Spring possui uma maldição: conviver com Katherine Van Wyler, a bruxa. Pra piorar: os antigos moradores da região costuraram sua boca e seus olhos e a acorrentaram. Algo que todos aprendem desde cedo é a não perturbaram a bruxa, não tocarem na bruxa e principalmente: não abrirem os olhos ou a boca da bruxa.

Hex é uma história assustadora sobre culpa, negligência, experiência de vida, problemas familiares, maldições antigas e sobre o poder que a intenção tem nas pessoas.

As vezes você faz sacrifícios por Black Spring

Parece assustador que uma escolha errada possa alterar para sempre sua vida e a vida daqueles que você ama, sem expectativa de melhora ou mudança. Ao escolher se mudar para Black Spring, infelizmente não há volta. Você deve viver em Black Spring até morrer em Black Spring, pois Katherine Van Wyler não permite desertores.
É mais aterrador ainda que basta um movimento em falso, um alarme, para que essa escolha volte a te assombrar, e a culpa volte a ser sua. Após uma série de eventos perturbadores, a culpa de Steve Grant retorna para ele de forma arrebatadora. Após ter pensado que conseguiria sobreviver na cidade, que apesar de tudo o amor que mantinha a família Grant unida era forte o bastante para resistir às investidas do terror, Steve percebe que mesmo o equilíbrio encontrado através desse sentimento é frágil demais.

Mas, as vezes, o que estava enterrado voltava... Porque no fundo não estava mesmo enterrado.

A situação em Black Spring é tão absurda que se mantém presa na concepção de Inquisição de séculos atrás. Robert Grim, conselheiro chefe da cidade, é um alto inquisidor e nada menos que isso. Qualquer ligação com a bruxa, seja para machuca-la ou de filiação a ela, é tratada como na Inquisição. As pessoas sentem medo, e o medo faz com que elas sintam raiva. A raiva, em Black Spring, quando se trata da Bruxa, corre e se espalha de forma rápida e violenta.

Um mal gerava outro mal maior e, no final das contas, tudo poderia ser traçado de volata para Black Spring.

Thomas Heuvelt consegue construir um livro cheio de expectativas e duras realidade. Você torce para que tudo fique bem no final, mesmo que tenha aprendido que em livros de terror dificilmente o final pode ser bom. Você quer conhecer mais sobre a bruxa, e é muito difícil manter uma única concepção sobre a bruxa ou sobre os moradores de Black Spring.
A narrativa é rápida, fluida, não dá vontade nenhuma de parar de ler, porque você precisa saber o que acontece naquela cidade, e cada momento que você está mais fundo nessa história, mais você precisa saber. Talvez, entretanto, algumas partes possam ser um pouco confusas. Mas, se você está procurando um livro de terror moderno com elementos antigos, como bruxas e maldições, essa é uma ótima aposta, ainda mais se você é fã de Stephen King e sua narrativa alucinante.


A editora disponibilizou uma prévia para leitura, que vocês podem ler no site, AQUI.

O livro pode ser comprado no link abaixo:




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